Após mais de dois dias de combate ininterrupto, o Corpo de Bombeiros do Amazonas declarou, na manhã desta quinta-feira (7), o controle total do incêndio de grandes proporções que atingiu duas fábricas no Distrito Industrial II. O sinistro é considerado o maior da história recente da capital amazonense.
O fogo começou na tarde de terça-feira (5) e destruiu praticamente toda a estrutura da Effa Motors e da Valfilm da Amazônia. As chamas exigiram o esforço total do efetivo, em uma operação que se estendeu por mais de 48 horas e envolveu risco extremo, calor insuportável e a constante ameaça de novas explosões.
“Foi uma batalha”, diz comandante
Para o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Orleilson Muniz, o incêndio exigiu uma estratégia precisa e nervos de aço. Técnicas específicas foram aplicadas para controlar as labaredas em um ambiente tomado por materiais inflamáveis e tóxicos.
“Foi uma batalha. Conseguimos extinguir todos os focos ainda na noite de quarta (6), o que é uma vitória técnica, já que esse tipo de ocorrência costuma durar até 72 horas”, afirmou.
Riscos e tensão a cada minuto
A operação precisou lidar com uma série de ameaças iminentes: o risco de o fogo se alastrar para empresas vizinhas e até para uma área de mata, além das explosões que lançavam fagulhas a metros de distância. O calor era tão intenso que chegou a quebrar janelas de prédios nas proximidades.
O esforço evitou uma tragédia ainda maior. Segundo Muniz, um terço da estrutura original foi preservado, junto com centenas de veículos e instalações industriais ao redor.
O que foi feito para conter as chamas
Para dominar o fogo, os bombeiros usaram espumas especiais e isolaram completamente a área, impedindo que qualquer foco reacendesse. Agora, as equipes atuam na etapa de rescaldo e remoção de escombros. A previsão é que o local seja liberado até o fim desta quinta para que os empresários possam avaliar os danos e iniciar a reconstrução.
Sem vítimas, mas com grandes perdas
Apesar da dimensão do incêndio, não houve vítimas fatais. O prejuízo, no entanto, é alto — tanto no aspecto material quanto ambiental. As causas do incidente ainda estão sendo investigadas. Entre as hipóteses estão falha elétrica, negligência operacional ou até mesmo ação criminosa.