O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), manifestou apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar prisão domiciliar ao ex-chefe do Executivo nesta segunda-feira (4). A decisão foi tomada após Bolsonaro participar de uma live política no domingo (3).
A manifestação pública de Wilson Lima ocorreu por meio das redes sociais, onde ele destacou a importância da liberdade de expressão e criticou o que classificou como punição antecipada ao ex-presidente.
Declaração nas redes sociais
“Em uma democracia, a liberdade de expressão é um direito sagrado que deve ser garantido a todos os cidadãos. @jairbolsonaro não tem sentença condenatória e não deveria ser punido antecipadamente por se manifestar politicamente. Registro minha solidariedade a ele e à sua família”, publicou o governador.
Aliança política com Bolsonaro
Embora filiado ao União Brasil — partido que integra o governo federal com três ministérios —, Wilson Lima mantém aliança com Jair Bolsonaro desde sua primeira eleição, em 2018, e repetiu a parceria durante a reeleição em 2022. O apoio do eleitorado bolsonarista tem sido considerado fundamental em sua trajetória política.
Wilson Lima é apontado como pré-candidato ao Senado em 2026 e busca manter o respaldo da base conservadora que o impulsionou nas urnas nos últimos dois pleitos.
Contexto da decisão judicial
A decisão de Alexandre de Moraes ocorreu após Bolsonaro aparecer em uma transmissão ao vivo no canal de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro. A live ocorreu durante uma manifestação realizada no domingo (3), em que manifestantes pediam o impeachment do ministro e anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
Em Manaus, o protesto foi realizado na praia da Ponta Negra e contou com a presença de apoiadores do ex-presidente, políticos com mandato e pré-candidatos às eleições de 2026. Wilson Lima não participou do ato, pois estava em agenda institucional no município de Coari (AM).
