Divertidamente: projeto leva saúde emocional a jovens e professores em Manaus

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Foto: Divulgação
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Iniciativa vai beneficiar 900 jovens e 80 professores com atividades alinhadas ao ODS 3 da ONU

Diante da silenciosa emergência global de saúde mental, a Amazônia B, com apoio institucional do Grupo Samel, lança em Manaus o projeto Divertidamente, que une educação emocional, neurociência e cultura amazônica para transformar realidades a partir da base.

A proposta vai beneficiar diretamente inicialmente 1000 da rede pública, que participarão entre agosto e setembro de oficinas, teatro imersivo, práticas de mindfulness e outras ações voltadas à regulação emocional, bem-estar e fortalecimento da inteligência emocional, uma das competências mais valorizadas do século XXI.

“Hoje, o Fórum Econômico Mundial já aponta que habilidades como empatia, autorregulação e escuta ativa são pilares para o desenvolvimento de economias resilientes e sociedades mais eficientes e saudáveis. Esse projeto é uma resposta a essa agenda global olhando para o dia a dia da Amazônia”, afirma Bellmond Viga, diretor da iniciativa.

Em novembro, 80 professores da rede pública estadual participarão de uma formação presencial no INDT, conduzida pelo professor Eduardo Farah, especialista em psicologia positiva, neurociência e desenvolvimento humano. Com mais de 20 anos de atuação, Farah é professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e referência nacional na capacitação de educadores para a cultura de saúde e bem estar em sala de aula.

“A capacitação e a ampliação da inteligência emocional, da gestão das emoções dos professores é fundamental para que na sala de aula o aluno possa receber aquilo que ele precisa para se tornar capaz de aprender, para que ele se sinta seguro, sinta que quem está conduzindo a aula tem de verdade capacidade para ajudá-lo. Esse projeto tem esse objetivo de ajudar o professor nesse desenvolvimento e, com isso, aumentar exponencialmente a qualidade daquilo que é entregue para os alunos.”, destaca Farah.

A iniciativa antecipa uma diretriz que se tornará obrigatória a partir de 2026, quando a saúde emocional passará a integrar as Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho, com foco em ambientes empresariais além de já está na BNCC do currículo escolar desde 2018.

Uma nova métrica de progresso: da produtividade à felicidade interna
Estudos da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) e da Gallup mostram que países com políticas voltadas ao bem-estar emocional apresentam maior produtividade, menos violência e melhor desempenho acadêmico.

A chamada “ciência da felicidade” vem sendo reconhecida como estratégia de desenvolvimento social e econômico — e não apenas como questão de saúde pública.

“Cuidar do bem-estar emocional desde a infância amplia escolhas, autoestima e saúde do indivíduo, além de fortalecer laços comunitários e a empatia nas relações. É um elo essencial da prosperidade social, transformando inclusive modelos organizacionais estruturais e econômicos onde existe esse direcionamento”, reforça Bellmond.

Embora a BNCC inclua desde 2018 as competências socioemocionais como obrigatórias no currículo, mais da metade dos professores nunca participou de capacitação na área. Além disso, os transtornos mentais já são a principal causa de afastamento de docentes no Brasil, superando problemas físicos e vocais, segundo a Fundacentro.

A Amazônia como protagonista na educação do futuro
“Divertidamente nasce no coração da Amazônia como um farol para o Brasil. É um chamado para enxergar a saúde emocional como infraestrutura social, essencial ao futuro da educação, do trabalho e da sustentabilidade”, finaliza Bellmond.

Viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura, o projeto pode ser 100% patrocinado por empresas, sem custos para escolas ou governos, com alto retorno em posicionamento ESG e legado concreto na região amazônica.

A Escola Estadual Terezinha da Silva, no Alvorada, será a primeira a receber o projeto em Manaus.